Os desenhos geométricos utilizados na decoração do corpo, da cerâmica, das cabaças e outros itens da cultura material asurini compreendem um sistema de arte gráfica, com uma gramática própria e cujo conteúdo se relaciona a diferentes sistemas de significação. Esses desenhos são estilizações de elementos de natureza, bem como representações de seres sobrenaturais ou elementos simbólicos, como Anhynga kwasiat (ser mítico que deu o desenho aos homens) e i (boneco usado nos rituais xamanísticos e que significa também "imagem", "modelo", "réplica do ser humano"), respectivamente.

O primeiro motivo aparece também no traçado feito pelos homens, usado na decoração de arcos cerimoniais e enfeites corporais. Da natureza, vários são os elementos estilizados: cipó entremeado na mata (kapuenwi), feijão grande (kumandaoho), pata de jabuti (dzawotsipa(*p)era), rabo de macaco (kaiwarinhyna), favo de mel (ehiraimbawa) e cangote de onça pintada (d(*z)awara(*z)orywa), por exemplo.